por Ranier Bragon
A resposta às aberrações presidenciais mostrará qual país sairá dessa experiência
No ano 49 antes de Cristo, Júlio César violou as leis romanas e cruzou o rio Rubicão com o seu exército, dando início à guerra e à expressão que se consagrou como sinônimo de decisão que não tem volta.
Mais de 2.000 anos depois, o Brasil atravessou o seu Rubicão particular ao eleger presidente uma pessoa com o preparo, as propostas, o passado, o nível intelectual, a moral e o humanismo de Jair Bolsonaro.
O regime democrático que permitiu tal decisão dará uma extraordinária demonstração de solidez e perpetuidade se suas instituições republicanas não só resistirem, mas derem respostas firmes e destemidas ao que estamos presenciando. Ou caminhará para o pântano do atraso e do obscurantismo. Não há volta.
Bolsonaro testa os limites. A cada nova entrevista, novo ato, tateia até onde pode avançar a cruzada medievalista —e não importa se ela é involuntária ou calculada para animar fanáticos e criar cortinas de fumaça.
Na manhã desta segunda (29), prosseguindo no seu campeonato de manifestações abjetas, atacou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz. Em vez de se limitar a apontar os eventuais equívocos que diz ver na ação do dirigente —alguns escorados em afirmações mentirosas, como é seu hábito—, insinuou leviandades sobre o desaparecimento, na ditadura militar, do pai do advogado. Santa Cruz, à época, era um bebê de menos de dois anos de idade.
Não é arroubo esporádico. No sábado, por exemplo, afirmou que meio ambiente só interessa a veganos. O que o dito ministro do Meio Ambiente acha disso, é um mistério. Ricardo Salles foi acometido de momentânea mudez, assim como o faz em casos similares o colega que pendurou a toga e a biografia para abraçar indelevelmente o bolsonarismo.
Não serão os aduladores que darão resposta aos despautérios do presidente. Espera-se isso das instituições e dos que, dentro ou fora delas, se contrapõem à marcha da insensatez. A qualidade dessa ação definirá qual país emergirá lá na frente.
*Publicado na Folha de S.Paulo
Pois é,eu nunca estive desse lado,sempre abominei o Beto Richa e abomino essa escumalha do governo atual.Acertei sim com minhas opiniões e continua com aquela em que Lula é preso politico e Dilma foi apeada do poder por conceder a PF e o MP autonomia onde foi engolida pelo sistema corrupto do judiciário que agora estamos vendo com esses diálogos conseguidos pela ‘INTERCEPT”
Bobagem esquerdopata. O mimimi dos comunistas que não gostam de ouvir verdades históricas. O Capitão-Mito está desempenhando o papel para o qual foi eleito, o de nos livrar da ameaça vermelha. O que a esquerdalha não suporta, é que nosso presidente tem se mostrado altivo e equilibrado, tanto no discurso, quanto nos gestos e nas ações. O mundo já nos vê com temor e respeito, pois uma nova superpotência está surgindo, graças aos passos firmes do ungido Capitão. Mas atenção! O Mito deve ficar atento aos subversivos que querem desestabilizar o melhor governo que já tivemos. Para garantir a libertação do jugo comuno-petista, o presidente deveria baixar um ato institucional, decretar toque de recolher, censura prévia e fechar o congresso e o stf. Está tudo contaminado pelo vírus escarlate do comunismo. O valoroso ministro Moro deve considerar a recriação do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) para investigar atividades subversivas. Go ahead Captain Fantastic! Deus, Pátria e Família! In Moro we Fux! Vamos prender o Verdevaldo e todos os jornalistas que ousarem atacar o governo!
Silvestre, nem o pessoal do foro de são paulo acredita mais na inocência do lula.
E dilma foi um desastre, político e econômico. Ela não deu autonomia nenhuma, ela pura e simplesmente não pode fazer nada contra as evidências, também conhecidas como provas.
Quanto ao intercept, vamos esperar. O bandidinho que hackeou já abriu o bico, vem mais por aí.
E se for uma maneira do Bolsonaro iniciar uma Comissão da Verdade?