por Claudio Henrique de Castro
Algumas marcas de produtos e serviços são valorizadas pelos consumidores e tornam-se objeto de desejo nas suas compras. Isso tudo pela propaganda que é feita em canais de televisão, nas redes sociais e por atores ou personagens famosos que se tornam garotos propaganda delas.
No Brasil não temos institutos ou organizações que divulgam dados importantes sobre as marcas que consumimos.
Por exemplo: se houve o emprego de mão de obra escrava ou em condição análoga à escravidão na sua confecção. Em determinados países é obrigatório que a etiqueta das roupas contenha a procedência do país que a fabricou, assim os consumidores conseguem saber se ela é proveniente de trabalho escravo e infantil ou não.
Se os produtos foram testados em cães, gatos e outros animais e estes pereceram em razão dos testes. Se na cadeia produtiva foram utilizados produtos que causaram acidentes ecológicos ou desastres que poderiam ser evitados.
Ainda, se os agrotóxicos utilizados no processo produtivo são liberados em outras partes do mundo. Se a empresa tem uma política de igualdade com os direitos das mulheres ou garante a inserção de pessoas com necessidades especiais.
Não sabemos se há preconceito de qualquer espécie no tratamento de empregados da empresa ou se ela está envolvida com a corrupção de recursos públicos ou privados.
É importante o consumidor analisar se, com a sua compra, estará colaborando com situações de injustiça. Esta consciência diz respeito ao direito de informação que é garantido aos consumidores.
Estas informações ainda não são plenamente dadas e as próprias marcas abafam a publicidade negativa que às vezes é divulgada pela imprensa livre, descomprometida com verbas das marcas globais.