Pela causa:
Com a presença de diversas autoridades políticas e apoiadores, a médica hansenologista dra. Laila de Laguiche lançou nesta segunda-feira (29), em Curitiba, o Instituto Aliança Contra a Hanseníase (AAL) – do nome em inglês Alliance Against Leprosy.
A fundadora da iniciativa destacou o histórico da doença no mundo e o que a motivou a abraçar a causa. “Nós temos condições de mudar esse cenário. Temos médicos, doentes, conhecimento e a solidariedade nata do brasileiro”, afirmou.
A instituição sem fins lucrativos foi criada para reunir ciência, filantropia e educação com o objetivo de tirar o Brasil do 2º lugar no ranking de países que contabilizam a doença atrás somente da Índia. Para se ter ideia, o Paraná registrou 550 novos casos de hanseníase em 2018. Só em Curitiba a doença conhecida popularmente por lepra fez 80 vítimas no ano passado.
VISIBILIDADE – O presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), Dr. Claudio Guedes Salgado, esteve presente e destacou a necessidade da visibilidade para a doença que aparece no ranking das patologias negligenciadas no Brasil e no mundo.
“Talvez o primeiro grande triunfo do instituto seja promover um aumento da estatística dos casos de hanseníase, porque é esse nosso maior problema: diagnóstico. Os números mostram uma queda da doença, mas na prática ela persiste”, alertou.
“São poucos os profissionais de saúde que sabem identificar a hanseníase, o que torna o diagnóstico tardio e revela que nossos números estão subestimados”, disse a dra Laila . “Além disso, quanto mais demorado o diagnóstico, maiores os riscos de sequela”, acrescentou.
DEPOIMENTO – O arcebispo de Curitiba, Dom Peruzzo, prestigiou o lançamento do instituto e compartilhou sua história pessoal, revelando que já sofreu de hanseníase.
“A dor no coração é maior que a dor dos nervos. Eu descobri que era preconceituoso quando tive que enfrentar o problema dentro de mim”, confessou.
O vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, também parabenizou a iniciativa pessoalmente.
Excelente iniciativa.
Recomendo também conhecer o trabalho da ASSOCIAÇÃO FILANTRÓPICA HUMANITAS, que desde 1977 mantém hospital para tratamento de hanseníase em São Jerônimo da Serra-PR.