de Ticiana Vasconcelos Silva
Acendi um incenso
E meditei
Descobri que não era
Ninguém
Então pude ser tudo
Menos a atitude
De me menosprezar
Como ser nada
E poder ser a estrada
Sem caminhar?
Como ser fraca
E com uma faca
Poder matar?
A alma é mister
Em se pulverizar
Em sonhos, em banhos
Em deuses e enganos
Mas eu sou a sombra
A se desintegrar
Na artéria
E na miséria
Na ideia
De um avatar
Mas sem delírios
O lírio se desfaz
E eu fujo como
Um ciclone
Que destrói os homens
E se vai