de Ticiana Vasconcelos Silva
Metapoesia, metáfora, metonímia
Metade do círculo da luz
Metal do lunático
Melodia da cruz
Mímica dos miseráveis
Linguagem dos memoráveis
Seios fartos de timidez
Que fulguram na lucidez
Símbolo da nudez
E quando se faz purpúrea
É porque encontrou torturas
Em um dia de amenidades
E quando se faz sinistra
É porque ouviu os gritos das cidades
Porque nada lhe convém
Tudo vai ao além
O caco, o calo, o gato, o ralo
Onde encontra-se a matéria primordial
Quem lê, ouve
E quem escreve move
A linha do infinito
Na voz de um mosquito
Semear alturas na lavoura dimensional
De uma vida sem final
Afinal, poeta come flor
Na dor, na saudade e no amor