História curitibana. A moça fumava feito uma caipora e já tossia feito carro velho. Um dia resolveu parar – no muque. Chamou todas as amigas fumantes para um bota fora. Todas tragaram durante horas; a sala, enorme, uma neblina só. A moça não triscou no cigarro. Ao final, pediu um instante de silêncio e disse, solene: “Parei, mas quando eu morrer, naquele momento onde, dizem, se passa todo o filme de nossa vida, quero assistir fumando”.