A decisão de Ratinho Junior de congelar o próprio salário e o dos secretários de governo pode fazer com que uma cena ocorrida na administração de Jaime Lerner se repita. O chefe da repartição, contratado, assim como toda a equipe, para fazer o trem funcionar, foi pedir aumento para a tropa, eficientíssima. O poderoso, frio como Sergio Moro em seus melhores desempenhos, disse que seria difícil. Aí, para justificar a negativa, disse que estava recusando convites para aniversários e casamentos para não gastar, por causa da remuneração do cargo dele. O subordinado, que oficialmente ganhava bem mais que o chefe, olhou bem e, sério, como um bom gozador deve ser, e perguntou se o secretário estava precisando de algum emprestado.