Pelo o que me lembro, o mundo externo não existe. É um produto do que tenho dentro. Resultado do que ancestrais tinham em seu interior. É um rio transposto, o mundo que vemos. Nele podemos nadar, no Nada imenso. Que correnteza levou-nos à flor? Que desvio de margem e de pedra fez-nos outra pessoa? Tenho me relacionado com águas frescas, puras, ou salobras? E quanto aos meus peixes? São coloridos, ou tristes na escama?
Passo a 35 anos no mesmo rebojo,as águas não envelheceram,o rebojo continua querendo me sugar com a mesma força,e quando me vejo num espelho de de agua, só eu que mudei.