Do Analista dos Planaltos
Entre mortos e feridos salvaram-se todos. Como não é nada raro acontecer, os políticos do MDB entraram em acordo. A eleição para o Diretório Estadual, que poderia ter disputa, agora terá uma única chapa de consenso.
O presidente será o deputado federal João Arruda, o sobrinho de Requião, que não se elegeu para governador e já começa a pensar na eleição para prefeito de Curitiba em 2020. No final de 2019 começa a pré-campanha. Arruda é a bola da vez do partido.
O tesoureiro será o deputado federal Sérgio Souza ligado a Orlando Pessutti , e o vice-presidente deverá ser o ex-secretário e agora empresário Renato Adur, hoje muito proximo de Ratinho Júnior. Requião Filho será um dos vice-presidentes da Assembleia Legislitiva e o deputado Anibelli Neto estará na executiva do MDB.
Faltam algumas definições como a Secretaria Geral, mas estão sendo feitas acomodações – e o interesse maior dos partidários será atingido impedindo o senador Requião de continuar como presidente da agremiação, movimento iniciado pelos prefeitos emedebistas .A escolha do sobrinho Arruda agrada o tio Requião, que arriscava ver na presidência um adversário.
O jogo proposto agora é oxigenar a direção e preparar o partido para as eleições municipais antes que desapareça por completo, como já aconteceu nos grandes e médios municípios.
Quanto ao velho Requião, há correntes que defendem que ele dispute uma vaga de vereador em Curitiba, como fez Eduardo Suplicy em São Paulo. Apostam que faria uma votação expressiva e elegeria uma pequena bancada com os votos de legenda. Mas isso só se a vaidade permitir.