de Ticiana Vasconcelos Silva
Peço, tempo, que venha como uma manhã ensolarada
E seja uma canção sobre aquela estrada
Que se percorre na escuridão e que, no fim,
Nos leva à rendição
Peço, tempo, que, no meio do caos,
Você seja apenas uma medida sobre a vida
E que não condicione as minhas estranhezas
Para que tudo seja sóbrio e lúcido
Peço, tempo, que acolha as inquietações sobre o tempo
Para que eu não permaneça a mesma
Para que eu não jogue com a própria vida
E para que eu siga, sem me perturbar
Peço, tempo, que seja a última descoberta
Que se revele como uma folha que cai com coragem
E se desprende para deixar de ser
Árvore e ser, apenas, leveza