Para quem fica ligado no noticiário e ainda mantém um parafuso preso, o futuro imediato do hospício chamado Brasil é tenebroso. O espaço dado para a esteira da cela do ex-presidente Lula e o pedido para a instalação de um frigobar, negado pela juíza federal responsável, foi maior do que o rescaldo da tragédia do prédio onde moravam os desvalidos de São Paulo. A seis meses da eleição presidencial, também não se tem ideia do que pretendem os pré-candidatos, apesar de a maioria deles ser conhecida e se saber que o que vencer apensar vai fazer a mudança de domicílio próprio. Para piorar, ou melhorar, dependendo do espírito, no meio tem a Copa do Mundo – e se o Brasil ganhar o caneco (tem time pra isso), aí vira samba e a festa só termina depois do carnaval, porque assim é no país de Macunaíma.