De Nelson Rodrigues ao responder a seguinte pergunta de Clarice Lispector: “Nelson, você é de esquerda ou de direita?”
Eu me recuso absolutamente a ser de esquerda ou de direita. Eu sou um sujeito que defende ferozmente a sua solidão. Cheguei a essa atitude diante de duas coisas, lendo dois volumes sobre a guerra civil na história. Verifiquei então, o óbvio ululante: de parte a parte todos eram canalhas. Rigorosamente todos. Eu não quero ser nem canalha da esquerda nem canalha da direita.