Toda a boiada da JBS atropelou Rodrigo Janot e a credibilidade das delações premiadas, apesar do exercício do procurador geral em explicar o inexplicável. Se bandidos acusavam bandidos e todos se fingiam de santos, agora com o fato de um auxiliar direto de Janot, o procurador Marcelo Muller, ter feito mais ou menos como Neymar ao sair do Santos para o Barcelona, ou seja, ter sido vendido muito antes de trocar de camisa, em quem acreditar? Os advogados dos réus da Lava Jato estão vibrando com a possibilidade de se abrir um ralo do tamanho do Brasil para que a maioria das acusações desapareça com um carimbo de conto da carochinha ou manobra para brigas e golpes políticos. Parece que o episódio confirma que, quando se tenta confiar em alguma seriedade de intenção, a galhofa explode como pipoca em panela quente.