Phyllis Randall, chefe do Loundoun County Board of Supervisors (órgão equivalente a nossa câmara de vereadores), bloqueou o acesso de Brian Davidson a seu Facebook. Brian obteve decisão judicial para voltar. O juiz federal James Cacheris entendeu que as críticas de Brian não justificavam o bloqueio, pois “a supressão de comentários sobre funcionários eleitos é a quintessência da discriminação, contra a qual a Primeira Emenda [da constituição dos EUA] se opõe”. Um precedente importantíssimo no país em que a liberdade de expressão é valor fundamental, quase sagrado.
É decisão isolada, mas sinaliza o tema que logo chega à Suprema Corte, desta vez contra o presidente Donald Trump, que utiliza seu Twitter em tempo integral para atacar críticos – aos quais não raro bloqueia. A advogada de Brian, Julia Judkins, tocou o ponto sensível: se o Facebook [vale para Twitter e blogs] é pago com dinheiro público e divulga ações públicas, o leitor não pode ser impedido de ingressar na página e emitir opinião. O Brasil tem políticos que se esvaem nas bobagens no Facebook. Precisam levar troco de quem lhes paga também essa fantasia. Quanto tempo demora para copiarmos os EUA? (RD)