7:47PENSANDO BEM…

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ROGÉRIO DISTÉFANO

Michel Temer fez mal a mulher. Quarta-feira passada uma brasiliense esgoelou-se a berrar em frente ao Alvorada: “Te amo, Temer”. Em seguida desmaiou. Orgasmos múltiplos, I presume.

O homo sapiens nasceu 100 mil anos antes dos registros hoje existentes. A mulher sapiens, ao contrário, nasceu em 2015. Foi localizado no Brasil o exemplar único em estado de fóssil vivo. Chama-se Dilma Rousseff.

Basta de amadores, Gilmar Mendes para presidente do Brasil.

“Negro de primeira linha” – saudação do ministro Luís Roberto Barroso no descerramento da placa em homenagem ao ex-presidente Joaquim Barbosa, no STF. Outros negros presentes ficaram intrigados, queriam saber a qual linha pertenciam. Nunca vão entender, tem gente que está sempre dois uísques abaixo, dizia Humphrey Bogart.

Bingoling in the rain. A polícia prendeu o cara que baixava as calças e mostrava as pudendas para mulheres e crianças. Coisa fróidiana, de manual: na frente da casa da mãe dele, no Sítio Cercado. Até aí o domínio trivial do exibicionismo, o nome da tara. Surpreende o detalhe: o cara tinha predileção pelos dias de chuva. Tara tem da seca e tem da úmida, do clima.

Joesley Batista, o cara da Friboi, não conseguiu matricular os filhos na escola de ricos em Nova Iorque. Nada a ver com ele ou com a qualidade da carne. O problema foram as referências, entre elas Michel Temer.

Karma  O avião em que Michel Temer e a bela e recatada Marcela viajaram para a Bahia é o mesmo que transportou Joesley Batista e família para Nova Iorque logo depois do grampo aplicado pelo dono do avião no seu distraído passageiro.

ENGANO INOCENTE

“Desculpe, me confundi de carro”. Tudo bem, respondi, mas estamos já no meio da quadra. Empate, ambos nos enganamos, eu não tinha que arrancar e depois conferir a passageira. Empate justo, para ela e para mim.

Ela esperava o marido, que como eu é dono de um Monza Tubarão, o GLS 1995, 2.0. Eu, com a irritação habitual dos homens que esperam mulheres, esperava a minha, que nunca aparecia. Ela embarcou apressada, receosa da irritação do marido, sempre cansado de espera-la.

Deus e o Detran estão de prova de que os Monzas são diferentes. O meu, bonito, 68 mil km, conservado e perfumado como carro de viúva de médico. O outro, do marido, estropiado como os Monzas de encanador e eletricista, aqueles com escadas na capota e farol picega.

Dei meia volta, entreguei a mulher para o Monza certo e a minha entrou no seu Monza de direito. Poupo-vos de descrever as carrancas do outro motorista e da minha passageira, coisa difícil de atenuar à vista de antecedentes de lado a lado.

Que interesse tem este relato trivial e pequeno burguês? Um só: às vezes a gente embarca tão distraído que nem sabe de quem é o carro ou mesmo o avião. Mesmo que seja viagem longa, de São Paulo até a Bahia.  

 

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