Michel Temer parece o personagem Django, protagonizado por Franco Nero no cinema. Só que em vez de uma metralhadora giratória, ele puxa o próprio caixão vazio e, nesta caminhada, vai se desmanchando em praça pública – mas com o peito ainda estufado onde bate com a mão espalmada e repete que não vai renunciar. O presidente, que compactuou com o desastre do governo de Dilma Rousseff, do qual foi vice, e seu partido, o PMDB, deu todo apoio, parece viver num mundo onde acredita que vai entrar para a história como o salvador da pátria. Assim, cabe sempre relembrar a frase do Paulo Francis: “O Brasil é um hospício onde os pacientes tomaram conta”.