Da Folha de S.Paulo
Time de Ricardinho do vôlei deve dois meses de salário a jogadores
O Maringá Vôlei, fundado pelo levantador Ricardinho, 41, campeão olímpico com a seleção brasileira nos Jogos de Atenas, em 2004, está há dois meses sem pagar salário a alguns de seus jogadores.
O clube disputou a última edição da Superliga, encerrada no último dia 7. Terminou na décima colocação entre 12 times participantes e não se classificou para os playoffs.
Fez sua última partida na temporada no dia 11 de março, quando venceu o Montes Claros por 3 sets a 1.
A equipe ficou a uma posição de ser rebaixada para a Superliga B –segunda divisão do torneio– mas vai permanecer na elite em 2017/18.
A partir da despedida no campeonato, o elenco paranaense entrou de férias, mas os salários relativos a abril e maio não foram pagos.
Os vencimentos deveriam ter sido quitados no décimo dia de cada um dos meses, mas não foram depositados.
Entre os jogadores mais renomados do grupo aparecem o líbero Felipe, que foi vice-campeão com a seleção brasileira no Mundial de 2014, na Polônia; o oposto Léozão, que atuou no Sesi-SP; e os centrais Ualas e Michael –que também teve passagens pela equipe nacional.
Ricardinho, além de levantador, é o presidente da equipe, que foi fundada em 2013.
Além do ouro em Atenas, o veterano obteve a medalha de prata nos Jogos de Londres, e foi campeão mundial com a seleção em 2002 (na Argentina) e 2006 (no Japão).
Atletas do Maringá ouvidos pela reportagem reclamaram da dívida, mas pediram para não ser identificados.
A Folha apurou que a média salarial do elenco gira em torno de R$ 10 mil e os contratos têm duração de dez a 12 meses. O período de renegociação dos vínculos para a próxima temporada começou em abril e vai até junho. Em razão dos atrasos, algumas tratativas estão paralisadas.
O Maringá disputou quatro vezes a Superliga masculina e avançou para os playoffs apenas duas vezes: nas edições 2013/14 e 2014/15.
Nos dois últimos campeonatos, ficou longe da ir à briga pelo mata-mata. Foi 11º em 2015/16 e décimo em 2016/17.
OUTRO LADO
Procurada pela Folha nesta terça-feira (23), a assessoria de imprensa do Maringá Vôlei afirmou que a diretoria, da qual Ricardinho é o líder, preferiu não se pronunciar sobre os atrasos de salário.
Porém, a entidade confirmou o atraso na quitação dos vencimentos e disse que eles estão em processamento.
A equipe é patrocinada pela Copel (Companhia Paranaense de Energia), empresa pública da área de energia elétrica e telecomunicações. A empresa não quis fazer comentário sobre a manutenção do patrocínio ou a dívida com os jogadores.
O líbero Felipe, atual vice-campeão mundial com a seleção masculina em 2014, deve ser um dos mantidos para a próxima temporada.
De acordo a assessoria de imprensa do Maringá, os vencimentos de outros atletas serão quitados o mais rapidamente possível.
Põe do seu Ricardão
https://ndonline.com.br/florianopolis/esportes/ricardo-barros-e-reeleito-presidente-da-associacao-dos-clubes-de-volei