Lula da Silva abriu a boca para se revelar mais. Perguntou o “operário” que chegou ao poder, e fez o que fez, sobre o procurador da República Delton Dallagnol, chefe da Força Tarefa da Operação Lava Jato: “O que entende de política aquele moleque?” Se entendesse da política praticada no país, e da qual o ex-presidente conhece como ninguém, daí ter alguns companheiros presos por corrupção, como seu guru e mentor José Dirceu, por exemplo, O moleque Dallagnol não estaria do outro lado da trincheira. Com mais acertos do que erros, no mínimo o representante do Ministério Público Federal e seus parceiros escracharam uma verdade absoluta: ao chegar onde sempre quis, o ex-líder sindical e seu partido fizeram pior do que aqueles a quem combatiam como ninguém antes. Com a desculpa esfarrapada de se manter no andar de cima, o Partido dos Trabalhadores mancomunou-se, se lambuzou na lama e na facilidade para obter vantagens, enganou aqueles que acreditavam que este país estropiado teria um caminho mais ou menos tranquilo e iluminado sob a liderança de alguém que, agora, só ludibria os abduzidos. Lula é aquele que nunca viu o que se passava na sua frente quando encastelado no Palácio do Planalto – e até hoje dá uma de joão sem braço sobre o Mensalão e as ações da Lava Jato que o tornaram réu da Justiça em cinco processos. O ex-sindicalista fez de Dilma Rousseff uma sucessora que abriu as porteiras do inferno para os próprios companheiros. Como num filme de horror, mostrando que também peca na política podre, municiou o PMDB mais fisiologista, aquele a quem a “esquerda” se abraçou e ficou em companhia de Michel Temer, esse aí, que viu no caminho aberto pela topeira do elogio à mandioca e ao ensacamento de vento a oportunidade de virar o cocho, se abraçar com o pior do que o senhor que nasceu em Garanhuns, mas não honra seus conterrâneos, chama de zelite. Essa mesmo, representada pelo senhor Marcelo Odebrecht, também preso a partir do trabalho da “turma do moleque” – e cuja empreiteira, a maior corruptora do mundo, está carimbada em forma de cancro no meio da estrela vermelha. Lula está com o rabo na reta e, treinado com o bambolê da política espúria, que ele entende tanto quanto os sábios da “direita”, ou os que saíram da esquerda e foram para um lado mais confortável, o muro, e posam de estadistas, como o senhor Fernando Henrique Cardoso, o sociólogo da saliva fácil, está em campanha para voltar à presidência pela terceira vez. É a arma que lhe restou. Vai aos pobres do Nordeste, onde o povo, estropiado, agradece a esmola do Bolsa Família da mesma maneira que, ignorantes sem culpa, sempre receberam dos nhonhôs locais, os coronéis tão citados por estas bandas da província paranaense, por exemplo. Aqui, é só prestar um pouco de atenção, os exemplos são iguais, mas a roupagem diferente. É só olhar para os próceres que comandam sempre, num revezamento onde se identificam bastante através dos sobrenomes. O país quebrou ainda mais com a política econômica dos governos petistas. Ela pode ser resumida no abraço aos donos da grana de um lado (nunca antes os bancos, por exemplo, cresceram tanto, de forma concentrada, como nos 13 anos de Lula/Dilma), nadistribuição de benesses em forma de incentivos ao empresariado de um lado, e migalhas aos miseráveis que se tornaram miseráveis/pobres e agora voltaram de onde, na verdade, nunca saíram, só no discurso de “um dos nossos”, aquel que toma cachaça e fala a língua do povo. A classe média, essa outra coisa que se acha inteligente e também é radical na ignorância política, vibrou ao ajudar a apear Dilma do poder. Agora, com a brocha na mão – e sem escada, está alarmada com a patetice do governo de Michel Temer, este que está cercado de ministros que trouxe do governo “de esquerda” anterior e também como ele, estão na lista podre revelada a partir das investigações do “moleque e seus comandados”. Por causa disso a tal classe ficou mais perdida do que sempre. Mas é preciso ter esperança, para não sucumbir à angústia. Há um “lado bom”. A revelação, sob a luz do sol e o trabalho da imprensa (que acerta mais do que erra), do que, na verdade, sempre aconteceu na história triste deste país. O Brasil nunca deixou de ser Bananão, apesar de ter um povo que não merece tanta safadeza de quem chega lá, de um jeito ou de outro. A democracia, o menos pior dos regimes políticos, caminha aqui a passos de cágado. A Justiça é um caso à parte, porque, consegue, do alto de sua soberba inoperante e distante da missão nobre a que se destina, ver um único juiz se transformar em herói (ai do país que precisa deles!) apenas porque cumpre seu dever.. O Legislativo é isso que todos conhecem, basta olhar ali para o Centro Cívio, e o que acontece na Assembleia. Também para a esquina da Barão do Rio Branco com Visconde de Guarapuava, na Câmara dos Vereadores da capital. Em ambos os locais, quem manda é quem está no Executivo, pois sempre tem maioria dos parlamentares na mão e controla a batida do bumbo para que a ninguenzada reme sem parar e pague a conta, com a famosa política do “é dando que se recebe”. Lula conhece bem tudo isso, daí dizer que o procurador Dallagnol não tem noção do que é. Que bom! Líder inconteste, o pernambucano perdeu mais uma vez a oportunidade de ficar com a boca fechada, pois só pensa nele mesmo e vende o peixe para ter como massa de manobra os que olham e “entendem” o que diz.
Ao Lula deve ser dito que, primeiramente, reles cidadão indiciado e em vias de ser aprisionado, mais respeito com a palavra moleque. Moleque representa a nossa base social e a ele, cidadão em formação, deve ser atribuída a melhor adjetivação, jamais a depreciativa. Mas, entendo tua dificuldade vocabulária, pois teu vocabulário entende apenas de “jatinhos”, “propina”, “mensalão”, “petrolão”, “conta corrente odebrechtiana”, e por aí vai, e, neste contexto, o significado que pretendes dar a “moleque”, ele cabe a ti que comandaste um “tera” saque nas minhas contas brasileiras, que são as mesmas de 205 milhões de brasileiros. Espero que alguém cobre de ti e dos teus sequazes essa roubalheira que levou à morte e à falta de assistência constitucional dezenas de milhões de brasileiros. Prego, até, que devias, e também os teus seguidores, serem acusados de crimes de lesa-pátria e de lesa-humanidade.
Política ao qual o “supremo chefe” se refere viola os princípios, éticos e morais, não respeita o judiciário. Vivemos uma falsa democracia, o voto é uma forma de institucionalizar e dar guarida aos crimes praticados por individuos que usam os partidos meios de manipulação.
São escândalos sucessivos, todos enchafurdados na lama tóxica da corrupção, do desvio de conduta.
As informações de “cocheira” torna os reféns, coniventes, ao ponto de assistirmos um enredo que parece ficção, Frank Sérpico, (Al Pacino), sofria retaliações, um sistema podre, inaceitável….Este “moleque” Frank Sérpico, fez a diferença, conseguiu estirpar o câncer da propina, do mensalão e tudo que seja abominável quando se tem respeito às leis.
Num judiciário em que a maioria está mais preocupada em manter o status quo das regalias, penduricalhos e conchavos, esta exceção que está realizando um trabalho histórico de limpeza da canalhada que parasita o país há décadas, deveria ter o apoio constante , e não apenas o midiático, dos seus pares para que não se concretizem as diversas manobras que estão sendo maquinadas para por fim às investigaçoes e punições aos já identificados nas canalhices.
Um canalha e covarde sempre tenta desqualificar quem tem a verdade ao seu lado.
Numa única palavra, grande mestre: estupendo!