11:01Pensando bem…

Rogério Distéfano

OS POLÍTICOS preparam-se para o cerco da Justiça Eleitoral à enxurrada de dinheiro que aparece em suas campanhas: é caixa dois, só isso. Ilegal mas não imoral, lavou, tá novo. Como sempre, fazem de conta que ninguém enxerga o real: não importa para onde o dinheiro vai, importa de onde ele vem. Contribuição de campanha no caixa dois é dinheiro de superfaturamento de contratos públicos; o povo paga demais para sobrar dinheiro para os políticos. Só isso. Ilegal e imoral.

MICHEL TEMER esbaldou-se no Dia Internacional dos Direitos da Mulher: Elas são perfeitas como mães e donas de casa, inclusive têm olho para os preços no supermercado. Marcela presente, recebeu beijinho no rosto, nem beijo técnico, muito jovem para isso. Thaís Korning, atenta como as sociólogas do Ipardes, pergunta: “Ele sabe que as mulheres já votam?”

ROSÂNGELA MORO, de volta às paradas, conta em entrevista que o marido queria que fosse sua advogada no processo que Lula move contra ele. Sérgio Moro soube escolher a mulher. Agora, ter a mulher como advogado é bomba-relógio no casamento.

“ELE PODE nunca ter sabido”. A contribuição de Osmar Serraglio, deputado paranaense e ministro da Justiça, ao bestialógico do momento. Na ideia, no verbo, na oportunidade. Dia desses saiu no Facebook a frase: “Sua primeira língua foi o silêncio. Aproveite e continue eloquente”.

RODRIGO MAIA, presidente da câmara federal, diz que a justiça do trabalho é nociva, nem deveria existir. Logo ele, filhote da justiça do trabalho, criada por Getúlio Vargas, bisavô de sua mulher. A legislação e a justiça do trabalho foram duas das mais importantes contribuições de Getúlio à modernização do Brasil, junto com a siderurgia.

As contribuições de Getúlio turbinaram a carreira do avô da mulher de Maia, senador, governador e ministro Ernani do Amaral Peixoto, e do sogro, Wellington Moreira Franco, governador e hoje ministro de Michel Temer. Então, quem mesmo nem deveria existir? Pensando bem, a justiça do trabalho, que deu Rodrigo Maia como efeito colateral.

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