21:15ZÉ DA SILVA

Eu não sou daqui e nem da Bahia de São Salvador. Muito menos marinheiro sou, mas vi Clementina de Jesus no pátio do Colégio Equipe em show apresentado por esse do Altas Horas, o tal Serginho, quando ele usava calças curtas e cabulava aula. No arremedo de democracia daqueles espetáculos, o espaço do colégio dos filhos dos bacanas e remediados era aberto para qualquer vileiro como eu. Por que conto isso? Vai saber! Pego o fiapo na cachola e vou destrinchando para ver onde vai dar. Normalmente é em nada, mas o começo foi musical – e tudo é melodia, é som. Ainda bem! Cada palavra, com sua história, e, juntas, formando um samba enredo com pontos, vírgulas, etc. Me atrapalho mas não é nada disso. É só para lembrar a palavra atrapalho, que remete à Maracangalha – e aí vamos mesmo para a Bahia do Dorival, aquele que passou dez anos para fazer uma música e achou rápido demais. Grande Otelo soube disso e baixou o Macunaíma nele: “Ai que preguiça!”. Aqui também.

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