Rogério Distéfano

O blog transcreveu ontem o despacho do desembargador Gamaliel Scaff sobre a prisão dos advogados e do vidente que tentaram extorquir os Ratinhos pai e filho e o ainda prefeito Gustavo Fruet. Um dos advogados foi secretário da prefeitura na gestão Fruet. O despacho do juiz refere por alto a extorsão contra Fruet, no máximo detalhando o valor e o nome do advogado que o atendeu, sendo detalhada quanto a Ratinho pai e Ratinho filho. Portanto inteessa a outra, contra o agora ex-prefeito.

Sou advogado da mesma escola de Fruet, preciso de provas, dou-lhe o benefício da dúvida. Eleitor, quero certeza: teve chantagem, sobre o quê, foi paga? Tenho dúvidas, não da honestidade do prefeito – que aceito como as mulheres aceitam a explicação do marido que chega em casa com perfume de mulher. Não por ele, Fruet, mas por ele ser político, raça que sempre nos deixa na mão. Seria uma imensa e desagradável decepção se saíssem esqueletos do armário de Gustavo Fruet. Mais um armário ninguém aguenta…

Chantagem porque Fruet não fez nada na prefeitura, vítima do torniquete de Beto Richa? Não, isso não rende chantagem. Por que entregou o secretário de trânsito para as feras e liberou as feras tirivas contra nós motoristas? Não compro; nem que o prefeito tivesse caso com uma tirivas: elas são tão caladas e sem graça quanto ele, um breve à luxúria. Examinei por todos os ângulos e só me restou uma tese: o chantagista descobriu que o prefeito deu carona de bicicleta para aquele mendigo fedorento. E em vez de engolir, vomitou. Mas R$ 10 mi por isso?