Da Massa News:

O advogado Marcelo Araújo, que estava foragido da Justiça, se entregou no começo da tarde desta terça-feira (3) em Curitiba. Ele é acusado de extorsão junto com o bruxo conhecido como Chik Jeitoso.

Araújo se entregou no Fórum Criminal na companhia de seu advogado. Na sequência, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), para exame de corpo de delito, e passou por uma perícia no Complexo Médico Penal. Ainda não foi divulgado o local para onde ele será transferido.

O inquérito segue em sigilo parcial, mas o Ministério Público do Paraná (MP-PR) confirmou que ofereceu uma denúncia, pela 4ª Vara Criminal de Curitiba, por associação criminosa e extorsão contra Marcelo Araújo, Chick Jeitoso e o advogado Eduardo Egg Resende.

Acusação

A Justiça decretou a prisão preventiva do advogado Marcelo Araújo e do bruxo conhecido como Chik Jeitoso no dia 31 de dezembro. A dupla foi presa na Operação Lomax, desencadeada pelo Departamento de Inteligência do Estado (Diep) no dia 20 de dezembro em Curitiba. Inicialmente, os dois foram presos temporariamente (mandados com validade de cinco dias) sob acusação de extorsão.

Araújo foi solto no dia 23 após a concessão de um habeas corpus. No entanto, houve um mandado para a renovação da prisão temporária, e após, o pedido de prisão preventiva. O advogado não havia sido encontrado até a tarde de hoje (3).

Os dois são suspeitos de extorsão mediante difamação nas redes sociais. Eles exigiam grandes quantidades de dinheiro para não difamar as vítimas, entre elas empresários e políticos, e retirar as mensagens ofensivas. Estima-se que os valores pedidos pela dupla chegam a R$ 5 milhões.

A polícia informou, no dia da prisão de Marcelo Araújo e Chik Jeitoso, que havia provas indicando a participação dos dois no esquema de extorsão. O delegado Renan Ferreira disse que a dupla atraía “pessoas para registrarem boletins de ocorrência contra os empresários ou políticos, sendo que as informações dos BOs, poderiam ser ou não verdadeiras, e a partir disso, passavam a exigir dinheiro para não divulgar nas redes sociais o conteúdo”.

As investigações tiveram início em novembro, depois da denúncia de um empresário sobre a exigência de R$ 5 milhões de reais. As prisões foram executadas no dia em que a vítima deveria fazer o pagamento. “O Marcelo era quem promovia as reuniões com as vítimas e exigia o dinheiro, repassava qual era o valor que eles queriam”, afirmou Ferreira. “E, a partir da negociação do valor, ele garantia que assim que eles recebessem, as ameaças acabavam”, comentou. O bruxo tinha 200 contas nas redes sociais para fazer ameaças e difamar as vítimas.