Rogério Distéfano
Falha na metodologia
Tem uma pesquisa por aí registrando 61,4% de desaprovação ao governo Beto Richa. Ora, bolas, por que o número quebrado? Arredonda de uma vez. Para cima.
Culpa do tomate
Diz que o deputado Ney Leprevost culpa o PCdoB, com quem se coligou, por sua derrota na campanha para prefeito. Mau perdedor. E mau comedor, a quem até os tomates atrapalham.
Morrer e morrer
O Über descredenciou o motorista – também policial militar – que matou os três ladrões armados que o assaltavam em São Paulo. Certíssimo. O cara tinha mais é que se deixar assaltar e ser morto, como geralmente acontece.
Parafuso e porca
O senador Álvaro Dias é o preferido pelos paranaenses para ser o próximo governador. Roberto Requião – também senador – é o menos preferido. Mundo estranho. Requião não quer da vida outra coisa senão ser governador. Suas passagens pelo Senado são intervalos de descanso até a próxima eleição e oportunidades de turismo pelo mundo, na conta do orçamento.
Álvaro não demonstra tesão pelo governo do Estado, vem com aquela de dar a vez para o irmão Osmar, ex-senador; sonha com a presidência da República desde que deixou o governo do Estado. O Paraná é pequeno demais para Álvaro Dias. Acontece que o Brasil é demasiado grande para ele. O senador insiste em pôr parafuso quadrado em porca redonda.
Terninhos, lá e cá
MAIS UM ITEM para nosso complexo de vira-lata. O Facebook dos EUA bomba com o grupo Pantsuit Nation, em má tradução algo como ‘Nação de Calça e Paletó Femininos’. Homenagem e reconhecimento a Hillary Clinton, candidata à presidência, que só usa o dito apparel, traje em inglês. Hillary está – muito – acima do peso, sua tendência, agravada pela comida de campanha eleitoral. Bem diferente do marido, o ex-presidente Bill Clinton, possível futuro primeiro marido, que está esbelto, magro e enxuto depois que adotou a dieta vegana.
O que nos interessam os terninhos de Hillary? Muito. Nossa ex-presidente Dilma Rousseff só tirava o terninho para tomar posse ou para algumas cerimônias oficiais (muito poucas) – sorte dela e nossa, porque Dilma de vestido ficava horrorosa, desajeitada, parecia que a roupa emprestada pela filha da madrinha. Mas estava alguns bons vinte quilos abaixo de Hillary, embora as duas combinassem tanto na má escolha dos sapatos como na deformação neles causada tanto pelo peso como pela estrutura dos pés.
Ainda hoje ouvi de uma senhora, a quem reputo fina e celebro nas virtudes tanto raras quanto excelsas da elegância, críticas tardias e ácidas aos terninhos que Dilma insiste em repetir no exílio portalegrense. Ali compreendi que brasileiras e brasileiros incluíram os terninhos de Dilma na rejeição à ex-presidente. Agora, com Hillary e a Pansuit Nation, não seria chegada a hora de pelo menos revermos a rejeição ao vestuário de Dilma? Ou será que as americanas têm mau gosto mesmo? Em tempo: a senhora que critica Dilma está sempre de jeans. Elegante, ela?