6:25AVALISTA DOS PLANALTOS

Muitos políticos esquecem que foram eleitos e acreditam que foram ungidos

CLAUDE PEPPER, ex-deputado e ex-senador dos EUA 

Forma e essência            “Vazamentos e delações criam ambiente propício para o golpe” – a grande sacada de dona Dilma na semana. Meia verdade e mentira inteira. Ainda que absurda a comparação, lembremo-nos que o absurdo é o ambiente em que vive Dilma Rousseff. A frase tem sua lógica: vazamentos e delações criam ambientes propícios, sem dúvida, a golpes – como a impeachments e cassações de mandato.

A presidente, e com ela todos que sofismam, trabalha bem com a verdade formal, como isso de que vazamentos e delações levam a golpes.  A verdade real, a que realmente importa, Dilma sempre procura esconder. Sim, procura, pois não consegue. A verdade real não está no golpe, como não está no impeachment ou na cassação. A verdade real está no conteúdo vazado e delatado. Isso Dilma, como todos os sofismadores, teima em ignorar.

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Fidel Castro       apareceu em público depois de nove meses. E para falar mal de seu inimigo do peito, os EUA, cujo presidente esteve em Cuba há menos de um mês – a convite do presidente Raul Castro, irmão de Fidel. O reaparecimento de Fidel prova que existe vida depois da morte.

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Não chore. Evite a offshore       O presidente Maurício Macri, da Argentina, foge ao padrão cucaracha dos colegas que entram miseráveis e enriquecem exponencialmente na política – seja na pessoa física, seja na jurídica, sejam na física dos amigos ou na jurídica de todos.

Macri adota o padrão dos EUA, em que para antecipar riscos os ocupantes de cargos públicos, eletivos ou não, põem seus bens sob administração de terceiros, com o dever de não opinar ou interferir nas decisões destes.

Se são ricos, eventual crescimento do patrimônio, é mérito da administração, terceirizada e isenta. Dará certo se “delações e grampos” não mostrarem patrimônio adquirido em nome de amigos, parentes e offshores.

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Lesa majestade                               A polícia de São Paulo prendeu dois homens em flagrante de furto ao sítio de Atibaia, aquele que amigos teriam dado de presente ao presidente Lula. Não foi mero crime contra o patrimônio. É mais grave.

Trata-se de crime de lesa divindade, vem do direito canônico. Ao invadir um dos templos da divindade maior do Brasil, os ladrões irão direto ao inferno, sem o benefício do semiaberto no purgatório.

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Mandasse o Temer        Dilma desistiu de viajar aos EUA para reunião na ONU, menos de um mês atrás. Hoje desistiu de ir à Grécia acender a tocha olímpica, um dever cerimonial do chefe do estado anfitrião da Olímpiada.

Das duas vezes não quis deixar o governo entregue ao vice Michel Temer, que trabalha a favor de seu/dela impeachment. Lula, o super assessor quase chefe da Casa Civil e copresidente comeu bola nas duas vezes.

O certo seria mandar Michel Temer representar o Brasil nos EUA e na Grécia. O vice sairia do foco da conspiração e teria que se explicar no Exterior. Eventualmente acabava chamuscado ao acender a tocha, em Atenas.

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Muito ginko, biloba demais      Problema no balcão da farmácia: a vendedora não entendia a lista de remédios trazidos pela cuidadora de idosa – 1 caixa disso, 2 daquilo, 3 daquele outro, e assim até o último item, 8 caixas de Ginko Biloba. A cuidadora não sabia responder, apenas trazia a lista preparada pela patroa, que, acabei descobrindo, tinha sido minha professora no fundamental.

Meti a colher na conversa: nada disso, ela quer uma caixa de cada remédio;  1 a 8, a patroa da moça me ensinou, chama-se ordem numérica crescente, vício de magistério. Tilintou a ficha e a vendedora entendeu que era uma caixa de cada, não em progressão. Seria maldoso se dissesse que pela idade e pela rapidez no WhatsApp a vendedora só entenderia o 0-1, 0-1, a sequência binária do Smartphone.

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