Editorial do jornal O Planeta Diário
Enquanto o governo e a sociedade se perdem num debate estéril sobre o entendimento, política salarial, dívida externa, congelamento e o novo show do Rei no Canecão, os brasileiros se recusam a ver que existe uma maneira mais inteligente de sairmos da merda. Se o Brasil declarasse guerra aos Estados Unidos, o país ficaria livre de todos seus problemas da noite para o dia. Peguem um táxi e sigam meu raciocínio:
1) os países que perdem a guerra sempre se dão bem no lance. Por exemplo, a Alemanha, o Japão e o Paraguai, são, hoje, potências mundiais: o carro japonês, o uísque paraguaio e a salsicha alemã penetraram fundo no mercado internacional;
2) as enfermeiras enviadas para socorrer as vítimas da guerra geralmente são boas pra caralho e, certamente, ajudariam nosso povo a sair do atraso;
3) os Estados Unidos não perderiam tempo nem munição para arrasar o país, porque aqui já está tudo caindo aos pedaços mesmo, o que facilita muito os trabalhos de terraplanagem e reconstrução nacional;
4) seria uma guerra rápida e prática: o exército invasor não encontraria resistência e nem precisaria matar o inimigo, porque a maior parte da população está morta de fome;
5) a grande quantidade de marines circulando pela Praça Mauá injetaria milhões de dólares no ramo dos camelôs, putas e travestis, tirando o setor da profunda recessão que se encontra.
O plano é bom. Tem tudo para dar certo. O único risco que corremos é o George Bush acordar num dia de mau humor, se emputecer e jogar uma bomba atômica em Brasília, varrendo-a, de uma vez por todas, da face da Terra. Pensando bem, até que não seria má ideia.