Da coluna do jornalista Carlos Brickmann
Mark Twain, grande escritor americano, disse que os EUA tinham o melhor Congresso que o dinheiro podia comprar. Millôr Fernandes, grande escritor brasileiro, disse que o Brasil tinha um Congresso eficiente. “Ele mesmo rouba, ele mesmo investiga, ele mesmo absolve”. O tempo passa, pouco muda. Um banco suíço informa que o deputado Eduardo Cunha tem contas lá – o que ele sempre negou -, mostra que seu passaporte diplomático foi usado para abri-las, e o Congresso finge que não é com ele.
Tem bons motivos: muita gente, digamos, conhece bem a questão; outros querem que Cunha comande o impeachment, então se calam. Mas qual a vantagem de derrubar a corrupção usando a corrupção?