Não há mocinhos neste faroeste caboclo em que se transformou o Brasil de uns tempos para cá. Antes, como sempre disse um amigo do blog que circulou no andar de cima do poder, pelo menos eles eram mais discretos para roubar e andar. Agora disputam escrachadamente o butim mantido com sangue e suor pelo homem sem rosto, alimentando os urubus da chamada grande imprensa, cada vez mais pequena e cada vez mais inflada pela soberba que aumenta quanto mais perdida fica a ninguenzada, que apenas quer respirar, e os que se acham inteligentes para falar e escrever besteiras colocar fogo na radicalização dos imbecis. Tudo isso porque o país não acaba, apesar da tentativa constante desde fincaram uma cruz por aqui e desumanizaram os donos da terra brasilis. Os que comandam o show de horrores, desde o prefeito da menor cidadezinha à presidente do Bananão todo (Ivan Lessa sempre teve razão!) sabem disso, mesmo sem saber – se é que me entendem. O povo… ah, o povo… a maioria os colocou lá com o poder do voto. Agora aguentem. Na democracia, este regime que, nunca é demais repetir, é o menos pior de todos, apeiam-se estes e colocam-se outros através dele, o tal. Teoricamente este sistema vai se depurando, mas aqui parece que não. Por isso meia dúzia acha melhor colocar de volta lá em cima os fardados da ordem unida. O grande problema é que se olha em volta e não se enxerga nada decente. O pior é que só se olha para cima, nunca para dentro, para se tocar de que o que acontece é reflexo do somos. Aí o filme sempre se repete – é é triste.