de e.e. cummings
agora ar é ar e coisa é coisa: traço
nenhum da terra celestial seduz
nossos olhos sem ênfase onde luz
a verdade magnífica do espaço.
montanhas são montanhas; céus são céus –
e uma tal liberdade nos aquece
que é como se o universo uno, sem véus,
total, de nós (somente nós) viesse
– sim; como se, despertas do torpor
do verão, nossas almas mergulhassem
no branco sono onde se irá depor
toda a curiosidade deste mundo
(com júbilo de amor) imortal e a coragem
de receber do tempo o sonho mais profundo
Essa é “top”, como dizem por aí. Top no sentido de estar no topo, no cume desta montanha, no céu, no âmago da compreensão do que nós somos: o Universo.