A Secretaria da Mulher, da prefeitura de Curitiba, informa:
Retomada as obras da Casa da Mulher Brasileira
As obras de construção da Casa da Mulher Brasileira de Curitiba foram retomadas nesta quarta-feira (19), pela construtora Gomes e Azevedo Ltda, segunda colocada no processo de licitação. A casa está sendo construída na Avenida Paraná, no Cabral, e terá capacidade para atender em torno de 4 mil mulheres por mês. A previsão de término da obra é para março de 2016.
Nesta manhã, a secretária da Mulher de Curitiba, Roseli Isidoro, visitou as obras, acompanhada pelo engenheiro responsável, Erson Gomes de Azevedo.
A primeira colocada na licitação iniciou as obras em novembro do ano passado, porém não cumpriu prazos e metas estabelecidos com a Prefeitura e governo federal e por isso teve o contrato cancelado. Agora, a empresa que assume a obra é a mesma que construiu, e já entregou, a Casa da Mulher de Campo Grande (MS). “É uma empresa que nos dá mais confiança, pois já vem com a experiência da que construiu, sendo conhecedora do projeto e de todas as adaptações necessárias para a conclusão da obra”, diz Roseli.
As negociações do terreno, as definições dos projetos e das diretrizes de funcionamento da casa vêm sendo feitas desde março de 2013, por meio da Secretaria Municipal da Mulher (gestora da Casa) e a da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM) em parceria com o Banco do Brasil, gestor dos recursos.
“A retomada da obra conta com cerca de 100 operários, a maioria haitianos, que estão tendo oportunidade de emprego, o que caracteriza o aspecto social do empreendimento desde sua origem”, disse Roseli.
O espaço vai abrigar a Delegacia da Mulher, núcleos do Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, do Ministério Público Estadual, e da Defensoria Pública. Contará com profissionais da área de Psicologia, Assistência Social e da Educação dos quadros da Prefeitura de Curitiba e ainda com uma equipe para orientação na área de emprego, geração de renda, empreendedorismo e acesso ao microcrédito. A estrutura física terá ainda brinquedoteca e espaço de convivência para as mulheres. Para o acesso aos serviços de saúde (Instituto Médico Legal, hospitais de referência e unidades básicas) e de abrigamento, a casa vai oferecer transporte gratuito.
Os investimentos da obra de Curitiba são de R$ 7,3 milhões para uma área construída de 3.118 metros quadrados. O terreno tem 7 mil metros quadrados e foi adquirido pela SPM pelo valor de R$ 35 milhões. No total, o governo federal investirá neste empreendimento, R$ 42 milhões.
A secretária afirma que hoje, em regra, a mulher vítima de violência procura por delegacias, hospitais e Ligue 180. E, a partir daí, começa a busca por uma série de direitos que podem levar muito tempo e até mesmo custar-lhe a vida. “Nosso objetivo é evitar que a vítima da violência se perca no caminho do acesso aos serviços públicos. É preciso reunir tudo num só lugar, e foi pensando nisso que surgiu o Programa Mulher Viver sem Violência ao qual integra a casa que faz parte de uma das etapas do programa como um modelo arrojado de prestação de serviço para, efetivamente, fazer frente ao problema”, disse Roseli.
Roseli Isidoro e Erson Gomes de Azevedo nas obras da Casa da Mulher Brasileira