Da Folha de S.Paulo, em reportagem de Mario Cesar Carvalho e Graciliano Rocha
Polícia capta conversa de Lula com diretor da Odebrecht
Pela primeira vez nas investigações da Operação Lava Jato, a Polícia Federal captou uma conversa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com um investigado que logo depois foi preso.
No diálogo (veja a íntegra aqui), com um diretor da Odebrecht chamado Alexandrino Alencar, o executivo avisa o ex-presidente que irá combinar um posicionamento conjunto com o Instituto Lula sobre as viagens à África que a empreiteira bancou. Alexandrino fez seis viagens com Lula à África, entre 2011 e o início de 2015.
Na época do diálogo, Lula e a Odebrecht estavam sendo questionados sobre os motivos que levaram a empreiteira a bancar as viagens do ex-presidentedepois de ter recebido recursos do BNDES.
A conversa ocorreu em 15 de junho deste ano, quatro dias antes de Alexandrino ser preso pela PF, sob suspeita de pagar propina a políticos e funcionários de estatais.
“Eu conversei hoje com o Paulo, pra gente acertar o posicionamento nosso junto com o de vocês, tá? Combinado?”, diz Alexandrino, referindo-se provavelmente a Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula. “Tá bom, tá bom. Um abraço, meu irmão. Tchau”, responde Lula.
Lula não é investigado pela Lava Jato. Ao ser questionado se o ex-presidente poderia ser alvo da apuração, o procurador Carlos Fernando de Lima disse que “ninguém está isento de ser investigado”.
Na conversa telefônica, de 3 minutos e 42 segundos, Lula e Alexandrino conversam sobre um seminário realizado pelo jornal “Valor Econômico” no qual Marcelo Odebrecht defendeu os empréstimos do BNDES.
Lula liga a Alexandrino para saber como foi o evento. “Muito bom, muito bom”, diz Alexandrino. “O Marcelo andou distribuindo umas verdades lá”.
Marcelo Odebrecht, que também foi preso em junho, criticou o que chamou de “desinformação” e “politização” sobre os empréstimos do BNDES para empresas brasileiras que atuam fora do país.
Alexandrino conta a Lula que até um “tucano de primeira plumagem”, o economista Eduardo Giannetti da Fonseca, defendeu as viagens (“isso não é matéria para politizar, nós temos que estar preocupados com o Brasil”).
Lula diz que falou com o economista Delfim Netto sobre a mesma questão: “Ele vai publicar um artigo no ‘Valor’ dando o cacete”, conta.
No artigo “Exportação de serviços e o ‘complexo de vira-lata'”, publicado um dia após a conversa, Delfim diz que “a maior miopia é não enxergar que ‘exportar é o que importa'” e que demonizar os empréstimos do BNDES é “a maior afirmação do famoso ‘complexo de vira-lata'”.
Em nota, a Odebrecht disse que “lamenta que as informações sejam colocadas fora de contexto, traçando conclusões equivocadas que confundem a opinião pública”.
O Instituto Lula não se pronunciou a respeito.
Se o Lula der um picote na Marisa a PF vai estar na escuta,eu imagino se gravassem as conversas do Gilmar Mendes com o Daniel Dantas.
Agora os grandes observadores do Blog ai me digam.o que essa conversa tem de importante.
Todo mundo sabe que o Lula viaja pelo mundo ajudando as construtoras brasileiras a fazer obras lá fora.
Voces não acham melhor ao invés de ficar fofocando ver se o cinto de castidade das esposas não foram violados?
1-Ajudando as empresas?
2-Viaja o mundo fazendo caridade, até parece a Madre Teresa das empreiteiras brasileiras.
3-Você já constatou que o “cinto de castidade ” da tua mulher foi violado? Não por você é obvio