de Ticiana Vasconcelos Silva
Onde estará a lua nesta noite de chuva?
Estará muda?
Ficará escusa?
Dará alguma desculpa para se esconder?
A lua que subiu a rua e ficou nua
Para no alto se dissolver
Em prantos, em cantos, em mantos de empalidecer
Em suaves colinas, em concorridas esquinas
Em suas invisíveis medidas
Em que eu me encontro ao me perder
Oh lua bandida
Oh lua polida
Oh lua sentida
Em meu peito pleno de alvorecer
Vem, se mostra!
Que a vida só chora ao anoitecer