O governador Beto Richa está passando por aquela fase do linchamento público bem característico destes tempos que se dizem modernos por causa das engenhocas que formam as chamadas redes sociais. Em menos de seis meses ele saiu de uma reeleição com 55,67% dos votos válidos para uma situação onde, se der um espirro, vão dizer que quer alastrar uma epidemia de greve espanhola no Paraná. Do político que só abria a boca para demonstrar equilíbrio, mais que blindado pela assessoria, ele não trilhou à toa o caminho do pai, José Richa. Teve sorte também por estar no lugar certo e na hora certa – e foi deputado, prefeito de Curitiba duas vezes e é governador pela segunda vez, sempre mantendo um índice de aprovação de suas administrações na faixa dos 70%. De novembro do ano passado para cá, desde que escancarou a situação da economia do Estado, camuflada principalmente no ano passado quando sua máquina de propaganda jogou a culpa no governo federal, batendo na falta de liberação de dos R$ 817 milhões do Proinvest, um alçapão se abriu sob seus pés ao tentar impor medidas salvadoras apresentadas por um secretário da Fazenda cuja fama supera a do atual ministro Joaquim Levy, ou seja, que usa machado em vez de tesoura, com a diferença de que não dá satisfações. Deu no que deu, principalmente porque a segunda versão do pacotaço foi mexer exatamente com o funcionalismo público, cuja ponta de lança é o sindicato dos professores, mobilizado e atuante politicamente. Richa tornou-se o exemplo do tucano que faz o mesmo que a petista Dilma, também espancada como nunca depois de reeleita mostrando um país divino e maravilhoso, pegando todas as sobras das denúncias de falcatruas, como o paranaense que viu o primo preso e agora é acusado de usar dinheiro de corrupção na campanha do ano passado. Houve a patetice do uso do camburão recheado de deputados para votar no tratoraço dois (nunca esquecendo que o primeiro passou e vai esfolar na cobrança de impostos) e a reação violenta dos policiais, que se transformou em notícia mundial, na aprovação das mudanças na ParanaPrevidência, o fundo dos aposentados e pensionistas dos servidores. O governador saiu do Palácio Iguaçu para acompanhar tudo à distância. Deu declarações, no calor das confusões, que pioraram a situação, pois tentou se manter quando tinha a blindagem que se esfarelou. Agora está naquela situação onde sobrevivem politicamente apenas os grandes líderes, os grandes políticos. Se der mais passos como os que deu nestes seis meses, o poço onde caiu ao abrir o próprio alçapão vai se mostrar sem fundo.
Eis a análise nua e crua! A luz do fim do túnel pode ser o trem e aí não sobrará nada!
Que besteira, uma campanha de marketing bem feita acaba com tudo isto, pior do que a camarada presidanta ele não está. E o Desgoverno vem aí com propagandas dizendo que está tudo bem, e que desemprego só existe na casa do vizinho, mas se esquece de dizer que vizinho é este. E tem gente que ainda acredita.