De um amigo do blog:
Na década de 60 e 70 misturaram presos políticos com presos comuns e disso resultou a origem do Comando Vermelho e organizações criminosas do tipo PCC. O convívio com sequestradores chilenos do caso do publicitário Washington Olivetto gerou uma nova indústria deste tipo de crime na área. Agora enviam presos da Lava Jato para o complexo penitenciário de Piraquara, onde possivelmente tomarão banho de sol e conversarão com bandidos de facções criminosas. O que pode surgir daí? Já não bastam os partidos políticos unidos com empresas e estatais com a finalidade de desviar dinheiro de obras e serviços? Agora esta expertise poderá ser repassada às criminosos menos sofisticados. O que pode resultar desses encontros? Financiamento de campanhas para políticos com metas muito bem definidas em afrouxar penas, conceder indultos, reduzir regimes prisionais em prol dos direitos humanos, tornar o processo penal mais lento e prescricional do que já é? Tornar os tribunais mais lentos do que já são? Indicações políticas para os tribunais superiores? Nomeação de parentes para cargos públicos? Deterioração das polícias? Enfim, se o país já está caindo de podre, pode ser no futuro toda sorte de políticas para enfraquecer o Estado e favorecer as facções criminosas se fortaleça.
delirante, o amigo do blog. presos políticos raramente foram misturados a presos comuns durante a ditadura. eram mantidos em cativeiros no mais das vezes secretos, de onde sumiam sem deixar vestígios (as prisões dos “subversivos” não eram obra da polícia comum, mas dos órgãos de repressão, que atuavam na clandestinidade). haja vista as centenas de até hoje desaparecidos, como o deputado rubens paiva. o pcc surgiu na esteira do crime que já se organizava nas ruas, a exemplo do tráfico de drogas dos morros cariocas e da periferia paulistana.
Não é isso que os livros de história recente relatam, veja Élio Gaspari e algumas publicações de criminologia sobre o surgimento do PCC, Comando Vermelho, Ada e outros.
depois que o caldo engrossou o que você descreve, ou seja, a barbárie, de fato aconteceu. mas no começo da ditadura bandidos comuns se misturaram sim com presos políticos no presídio da ilha grande. segue trecho de uma reportagem na revista Trip com André Torres, um dos fundadores do comando vermelho, nome que ele não gosta e chama de falange vermelha:
No final dos anos 60, os ativistas políticos começaram a assaltar bancos para financiar a guerrilha urbana contra a ditadura militar. Os bandidos comuns viram que o negócio dava lucro e entraram para o ramo. Hugo Ferrúcio organizou sua quadrilha e foi o primeiro. Diante do número de assaltos, o governo decidiu enquadrar todos os ladrões de bancos na Lei de Segurança Nacional, não importando se o grupo tivesse ideologia política ou não. Ato contínuo, mandou todos os assaltantes de bancos, integrantes de organizações políticas clandestinas e os chamados bandidos comuns para um mesmo presídio, o Instituto Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande.
André Torres e seu amigo Fernando Bernardino Pinto, que morreu há alguns anos com câncer na garganta, foram os primeiros bandidos comuns a serem mandados para a Ilha Grande. “Aprendi muito com os presos políticos”, diz André.
Bandido é bandido, seja político ou não, se comete crime é bandido, se tem anel no dedo e comete crime , é bandido, se vota na esquerda ou direita e rouba banco, mata estupra, assalta, com arma ou com uma caneta, seja um banco, uma mercearia ou um grande imenso depósito de petróleo é a mesma coisa é bandido. Quantas pessoas não tem o que comer, mesmo com o “fome zero, não tem onde morar, mesmo com minha casa minha vida”, n~]ao assaltam, trabalham e pagam impostos diretamente ou não e são preteridos na hora de procurar um médico mesmo os cubanos, que já se sabe que teve esquema para essa turma estar aqui. Então o crime as vezes que é chamado de colarinho branco é mais pernicioso do que a mulher que rouba um pacote de manteiga e fica 6 meses em cana.