Na sexta-feira passada o Governo do Paraná depositou o salário dos 70 mil professores da rede estadual de ensino, algo em torno de R$ 450 milhões. Eles estão em greve desde o dia 9 de fevereiro por discordarem das medidas drásticas anunciadas pelo governo dentro de um pacote que deveria ser votado às pressas pelos deputados estaduais. Pela reação causada, inclusive com a invasão da Assembleia Legislativa, houve um recuo do governo que, em negociação com o sindicato da categoria, chegou a um acordo na semana passada. Este teve, num primeiro momento, até o reconhecimento dos representantes dos professores – pelo que consideraram um esforço para o entendimento. O governo do Paraná colocou como condição para o fim da situação o início da aulas nesta segunda-feira. O comando da greve, no entanto, resolveu manter a paralisação até que uma assembleia geral da categoria decida sobre a continuidade ou não do movimento. Ela foi marcada para quarta-feira (04). O sindicato então colocou gasolina na fogueira, que parecia quase apagada, ao deixar claro que desconfiava da palavra empenhada pelos negociadores oficiais do Palácio Iguaçu. O governo do Paraná entrou na Justiça na sexta-feira passada pedindo que a greve seja declarada ilegal. A decisão sai também na quarta-feira. Os 950 mil alunos do ensino público estadual ainda não começaram o ano letivo de 2015.