O discurso e entrevistas da presidente Dilma Rousseff que sucederam a vitória da eleição dedomingo, lembram muito o trololó que ela enfiou goela abaixo da ninguenzada depois das manifestações de meados do ano passado. Como agora, parecia um chororô de arrependimento pelo que não foi feito – mas tudo ia mudar. Mudou? Blicas. Agora também. A tradução em brasileiro do que tem falado parece uma antiga canção que diz “errei, sim”. Também traz à memória o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que pediu para que esquecessem o que escreveu quando era apenas um sociólogo. No caso da petista, o recado subliminar é que apaguem da memória a embromação que foi mostrada nas peças da campanha eleitoral – e também nos primeiros quatro anos de governo. Isso é política!
E pra quê mudar, a ninguenzada adora trololó deste tipo. E tome mais trololó, só temos o que queremos.