Do analista dos Planaltos
O nepotismo, o emprego de parentes no governo, se tornou um ponto de atrito na campanha presidencial. No debate de ontem no SBT, Dilma Rousseff acusou Aécio Neves de ter empregado uma irmã no governo de Minas Gerais. Aécio retrucou revelando que um irmão de Dilma era funcionário fantasma na prefeitura de Belo Horizonte, quando foi comandada pelo petista Fernando Pimentel. Uma prática conhecida como “nepotismo cruzado”.
Quem não está gostando nada dos rumos que a campanha presidencial está tomando é o senador Roberto Requião, candidato derrotado do PMDB ao governo do Paraná, que costumava empregar boa parte da família (mulher, irmãos, irmãs, sobrinhos) quando foi governador. Requião é um defensor da prática e costuma se apresentar como um “nepotista esclarecido”.
O senador, que se impôs como coordenador da campanha de Dilma no Paraná, expelindo Gleisi Hoffmann, poderia encaminhar para a ‘presidenta’ um pensamento profundo que formulou a respeito do assunto – para que ela use no próximo debate: “Parentesco não é uma credencial, mas também não é cláusula infamante”.
E o Richinha tá gostando?
Requião não é nepotista, é apenas um homem muito ligado a família. E a família dele monopoliza a competência no Paraná. O melhor administrador de portos do mundo, o maior secretário de educação do mundo e a maior curadora de museus do mundo. O resto é inveja dos sem talento.
E não é que o Pinoquião está certíssimo. Ele não é italiano, mas morre pela “famiglia”.