O repórter João Valadares, do Correio Braziliense, descobriu que metade dos nobres ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), responsáveis por fiscalizar os gastos da União, atropelaram as normas internas e pagaram com dinheiro público passagem para voltar aos estados de origem nos finais de semana. De agosto de 2013 até agora, dos 84 bilhetes adquiridos pelos ministros do tribunal, 34 deles, o que corresponde a mais de um terço do total, não especificam as finalidades para as quais foram requisitados. O expediente utilizado pelos nobres para burlar a fiscalização é a de que voaram oficialmente para representar a instituição. Uma passagem Brasília/Rio de Janeiro/Brasília custa R$ 2,2 mil – e foi um dos casos flagrados.
Os nobres ministros desta corte federal de contas estão pondo em prática os ensinamentos do também nobre cínico italiano, alguns o conhecem por Machiavel, talvez derivando daí a palavra maquiavélico. Este filosofo italiano aconselhava o então seu empregador da época, príncipe de não me lembro mais qual (estou com preguiça de pesquisar) a não economizar a grana alheia, ou seja, os impostos recebidos dos seus súditos. Naquela época os reinos ainda não contavam com cortes de contas.