por Jamur Jr
Pena que a memória da gente é mais fraca do se deseja. Com um pouquinho de esforço vem a lembrança de tempos passados que não estão muito longe e que guardam uma imensa diferença com a atualidade, especialmente no setor da administração pública. Vamos a alguns exemplos, começando por Curitiba. No tempo do Ney Braga, num mandato se construiu o Mercado Municipal, Rodoviária, quilômetros de pavimento e organizou-se o sistema de transporte coletivo na cidade – apenas para dar alguns exemplos das obras realizadas.
Em 1962 entrou na prefeitura, eleito pelo povo curitibano, o engenheiro Ivo Arzua. No seu mandato promoveu a maior remodelação que o centro de Curitiba assistiu. Alargou a rua Marechal Deodoro, substitui as pedras antigas por asfalto, remodelou a Rua 15 de Novembro, construiu novas vias públicas, espalhou asfalto pelos bairros, tudo num só mandato. O saldo de obras de Arzua é muito maior que esta pequena relação que ficou na memória.
Depois de dele vieram vários outros prefeitos com planos de obras que foram realizadas em quatro anos. Saul Raiz se notabilizou pelo saneamento básico, construiu a avenida das Torres, a avenida Mariano Torres, que tinha um córrego no meio.
Jaime Lerner… Bem, de Lerner nem é preciso registrar muito, por que a maioria de suas obras é visível para qualquer cidadão que circule na cidade. Os parques, o calçadão da Rua das Flores, os corredores para ônibus articulados, as estações tubos etc.
No governo estadual, Ney Braga construiu vários estabelecimentos de ensino em municípios do interior, abriu estradas (Rodovia do Café entre elas), usinas de energia elétrica, etc. Veio Paulo Pimentel com um programa de obras do mesmo padrão. Espalhou asfalto pelo interior ligando as cidades e facilitando o escoamento da produção. Construiu usinas, inclusive a Parigot de Souza na Serra do Mar. Mudou o perfil do plantel bovino no Paraná introduzindo o Zebu que está até hoje nas fazendas daqui e de outros estados brasileiros.
Para não gastar muito a memória e a paciência do leitor, fica por enquanto, assim. Mas, se alguém lembrar de algum prefeito ou governador que nos dias atuais tenha feito em quatro ou cinco anos o que os citados fizeram, mande cartas para serem publicadas.
É bom lembrar que o contorno de Maringá (cerca de 17 km) levou mais de cinco anos para ser concluído, a reforma da rodoviária de Curitiba, que será entregue na segunda-feira, demorou três anos, o alargamento das pistas da avenida das Torres já esta festejando o segundo aniversário.
Os hospitais continuam com doentes em macas improvisadas nos corredores e, com 10 milhões de habitantes , o Paraná tem epenas mil UTIs. A segurança pública não consegue dar tranquilidade a população, o transporte coletivo em Curitiba está no limite de sua capacidade, vivendo o caos diário, enquanto as promessas correm os palanques políticos e programas partidários na telinha.
Hoje os governos tem nas parcerias publicas privadas,nas ocips e nos contratos de pedágio uma folga financeira para suas campanhas e um vislumbrar para seus eleitores uma falsa idé ia de que estão fazendo alguma coisa.
Depois do Jaime Canet ,Alvaro e Requião,veio o sr Jaime Lerner que foi um grande prefeito de Curitiba mas que passou pelo estado como uma nuvem de gafanhotos,não fez nada a não ser nos deixar essa herança que foi os pedágios.
Agora temos outro remanescente do Sr Jaime Lerner,seu aprendiz o Beto Richa que é lento como seu Pai,e é pior por adotar a linha Lernista que é doar tudo para pedageiros,empreiteiros,acionistas etc.
Esse ultimo não passou como uma nuvem de gafanhotos,que come as folhas e a natureza se recompõe,esse foi como uma geada negra que até os tronco e razies secam.Quebrou simplesmente o estado.
Quem faz toda a diferença é a LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 que regulamenta o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.
Na verdade precisamos da Constituição Brasileira conforme Capistrano de Abreu, que necessita somente de 1 artigo:
Artigo Iº – TODO BRASILEIRO DEVE TER VERGONHA NA CARA.
§ único: REVOGAM-SE AS DISPOSIÇÕES EM CONTRÁRIO
A inveja e a incompetência e falta de cabeça para fazer acontecer é na verdade uma merda. Mas o pior é que contagia e com certeza é adquirida pelo DNA e fica em toda cadeia genética. Tem outra forma de adquirir inveja, é a de não conseguir fazer nada na vida e assim achar que tudo e todos que o rodeiam são culpados pela sai ignorância. Isso faz parte da natureza do ser humano, isto é, de alguns recalcados e que não tiveram ou não souberam aproveitar o que a vida colocou à sua disposição, Coitados.
Com o final do século 20 findaram-se os bons prefeitos de Curitiba. Até então, a Prefeitura estava no comando da cidade; hoje, está a reboque, e de uma locomotiva desgovernada. O marasmo e a incompetência parecem ser as marcas do século 21. Pelo arrastar infindável das obras públicas, tenho a impressão que as empreiteiras recebem por hora. E o povo que se dane.
Boa Zaruch !