por Jamur Jr
Que a propaganda é a alma do negócio, já sabemos desde que o tempo em que nem se falava em propaganda enganosa, coisa que surgiu mais recentemente. Quem não se lembra de “Melhoral, Melhoral é melhor e não faz mal”; “Rim doente? Tome Urudonal e viva contente”; “Antisardina, o segredo da beleza feminina “ e tantos outros anúncios de produtos que surgiam nos meios de comunicação, onde o rádio o jornal e as revistas eram os principais? Os pequenos cartazes colados em paredes de lojas, postes etc, complementavam a programação publicitária de produtos e casas comerciais. Quem não anuncia , não vende, informavam os agentes na busca por clientes. Esta é uma verdade que motivou milhares de novos anunciantes. O chamado bolo publicitário cresceu muito nos últimos anos. Houve época em que os maiores anunciantes eram grandes empresas, fabricantes de produtos de limpeza, de beleza, higiene pessoal, veículos etc. Hoje o governo federal o maior de todos. Anunciam realizações inacabadas, fazem promessas e deixam a publicidade em saia justa. O consumidor não sabe mais em quem acreditar. A última do governo foi a intenção de divulgar o Brasil para o mundo através da Copa da FIFA. Um meio , sem dúvida eficiente para tornar um país conhecido por mais gente em todo o planeta. Mas parece que esqueceram que em publicidade a qualidade do produto é fundamental. Não adianta fazer propaganda de produto com defeito, ineficaz enfim, ruim de todo. Essa prática leva a desconfiança e o desprezo do consumidor pelo produto. Parece que foi isso que aconteceu com o Brasil. Anunciaram a Copa em nosso país, montaram grandes esquemas de publicidade e esqueceram dos problemas crônicos que atingem a todos: aeroportos superlotados, estradas cheias de buracos, transporte coletivo de péssima qualidade, violência nas ruas e falta de atuação governamental para cuidar do país e seu povo. Deu no que deu! O mundo esta recebendo matérias jornalisticas com relatórios de seus correspondentes sobre os graves problemas do Brasil. Ao invés de fazer publicidade de belas praias, carnaval e futebol, o que se viu foram comentários sobre crimes, miséria e infraestrutura deficiente. Os europeus, de forma particular, sempre muito mais próximos do Brasil que outros povos, não têm demonstrado nenhum entusiasmo em assistir jogos da Copa da FIFA no Brasil. Publicidade é mesmo, a alma do negóio, mas publicidade de produto ruim é um tiro no pé.