Do correspondente na Tríplice Fronteira
Itaipu está completando 40 anos e é uma data que merece ser comemorada, porque não fosse ela, construída no período militar, tão criticado pelo onipotente PT, o país estaria literalmente bombardeado. Itaipu vem segurando as pontas nessas quatro décadas, evitando um curto-circuíto geral do abastecimento de energia elétrica do país. Itaipu é a última usina da série de hidrelétricas na bacia do rio Paraná e não raramente, sem informar a brasileiros e brasileiras, as usinas acima dela jogam água pelos vertedouros (deixando de produzir) para garantir que Itaipu continue garantindo 17% do abastecimento do país. Quem manobra isso é o ONS – Operador Nacional do Sistema, pau mandado da D. Dilma, nossa genia na política energética que enterrou a Eletrobrás, mas isso é outra história. Pelo seu caráter binacional ,Itaipu não é fiscalizada pelo TCU, assim não se sabe as benesses que Lula e Dilma já ordenaram a Jorge Samek, diretor brasileiro da empresa, despejar nos insaciáveis hermanos. Uma delas, porém, foi orgulhosamente anunciada – U$ 400 milhões de uma linha de transmissão entre a usina e Assunção. Como a economia paraguaia anda dando banho na brasileira, não se sabe se a velha máxima de que Itaipu é um estado dentro do estado no Paraguai continua a todo vapor. O site de Itaipu informa que Itaipu chega aos 40 anos fruto de um “trabalho de Hércules”. De fato, milhares de brasileiros e paraguaios construíram e operam a grande usina. Pena que não podem ser incluídos esse exército gente como João Vaccari Neto, nem o doutor Orlando Moisés Fischer Pessutti. Ambos são conselheiros (20 mil reais mensais para reuniões de vez enquando). Vaccari ex-tesoureiro do PT esteve metido num trambicaço numa cooperativa habitacional em São Paulo, mas é amigo de Lula. Pessuttinho, 32 anos, que sequer conhecia a barragem da Usina, ocupou o lugar do pai, uma vergonha que Jorge Samek engoliu e não regurgitou. Daqui há dez anos, nos 50 anos, será difícil comemorar. O Tratado de Itaipu termina e 50% será do Paraguai, que não tinha dinheiro nem para o capital inicial fictício. O então governo militar brasileiro financiou em 1974 para o PT comemorar 40 anos depois.