de Carlos Castelo

PICINGUABA – SP

Fiz caminhada matinal, nadei, tomei sol na praia, andei de escuna, mergulhei, tomei caipirinha, almocei e jantei com o pé na areia. Às 22 horas, capotei no quarto da pousada. Por volta das duas da madrugada, uma mulher começou a gritar no apartamento ao lado:

– FDP! FDP! FDP!

Acordei sobressaltado. Na hora, já pensei em ligar para a portaria relatando a agressão. Os xingamentos, porém, começaram a diminuir. Ela gritava “FDP” cada vez mais baixo, até que o último berro saiu cheio de meiguice:

– Não para, seu FDP!