7:07As bombas atômicas e a nova onda armamentista na Europa

por Cláudio Henrique de Castro

Foi iniciada uma nova corrida para produção de armas e bombas nucleares na União Europeia, com bilhões de euros em investimentos e lucros fabulosos para a indústria bélica.

As ameaças de Putin na guerra com a Ucrânia, para o uso de armas nucleares, relembram ao Ocidente que as convencionais não são suficientes para um país sobreviver sem o poder atômico. 

Apesar dos riscos da proliferação em massa, muitos países consideram que a posse de armas nucleares melhora a sua segurança. Isto é, a destruição total e mútua pode frear um conflito. Será? 

Enquanto não se sabe a resposta, foi dada a largada para a produção de bombas nucleares em larga escala.

A Polônia anunciou que irá criar o seu próprio arsenal nuclear, a Alemanha está ponderando, apesar da opinião pública ser contra. 

A Finlândia está revendo a proibição legal deste tipo de arma. A Turquia está criando massa crítica para as produzi-las.  A Ucrânia dispõe de conhecimento tecnológico para as desenvolver e tem um grupo estatal com capacidade para lançar mísseis balísticos intercontinentais (DN).

Relembrando a bomba atômica, a de urânio 235,  jogada pelos EUA sobre o Japão, em 06 de agosto de 1945, às 8h15, na cidade de Hiroshima, gerou uma explosão com onda de calor de mais de 4.000°C em um raio de cerca de 4,5 km.

“De repente me deparei com uma gigantesca bola de fogo… e logo veio um barulho ensurdecedor. Era o ruído do universo explodindo”, disse Shinji Mikamo, sobrevivente de Hiroshima (BBC).

Acredita-se que entre 50 mil e 100 mil pessoas morreram no dia da explosão.

Uma área de 10 km2 da cidade foi devastada, a explosão foi sentida a mais de 60 km de distância e dois terços dos cerca de 60 mil edifícios de Hiroshima foram reduzidos a escombros. O calor intenso produziu incêndios que durante três dias e destruíram uma área de 7 quilômetros ao redor do marco zero.

Não satisfeitos, três dias após, em 09 de agosto de 1945, às 11h02, foi a vez da segunda bomba cair sobre a cidade de Nagasaki, com plutônio 239; cerca de 40% da cidade ficou em ruínas. “O lugar se transformou em um mar de fogo. Era o inferno. Corpos queimados, vozes pedindo ajuda em edifícios derrubados, pessoas com as entranhas caindo do corpo”, disse Sumiteru Taniguchi, sobrevivente de Nagasaki (BBC).

O atual potencial destrutivo das bombas atômicas é muito superior àqueles de Hiroshima e Nagasaghi.

Uma ideia sobre “As bombas atômicas e a nova onda armamentista na Europa

  1. Jose.

    Não seria mais fácil a Rússia destruir as suas bombas nucleares?
    Os “europeus” só estão pensando nisso porque existe a ameaça da Rússia e incluir a Ucrânia nessa, um País devastado pela agressão russa é no mínimo questionável.
    Porquê razão boa parte da mídia, intelectuais e políticos têm a dificuldade em apontar para os verdadeiros culpados quando estes são a Rússia, China e por aqui Venezuela e Cuba?

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