por Arnaldo Correia

Estava a admirar a trajetória de Elon Musk havia alguns anos quando descobri que ele queria dar ao filho, nascido em 2020, o nome Æ A-12. Os Estados Unidos proíbem números nos nomes, então ficou Æ A-XII. Musk tem hoje doze filhos com três mulheres diferentes. Há nomes como Techno Mechanicu e Exa Dark Sideræl entre as crianças.
O cara é um gênio, criativo, inovador, trilhardário, mas comecei a ver a pessoa com outro olhar. O CNPJ é grandioso, mas havia algo estranho no CPF.
A admiração desabou quando o vi tentar fazer uma dancinha no lançamento de um carro há alguns anos. Elon Musk absolutamente não sabe dançar. Não consigo confiar em alguém que não saiba dançar. Tem que ter gingado mínimo, por pior que seja.
Claramente a música não entra no ouvido de Musk e não estimula seu cérebro a comandar o corpo a curtir o momento. Ele parece um robô IA da Tesla, que entende que precisa se mexer mas não sabe fazê-lo no ritmo da música.
Assim, não me surpreendeu tanto quando Musk fez a saudação nazista na posse de Trump. O empresário é brilhante, mas a pessoa é artificial. Marionete do americano, segue o líder sem raciocinar. A saudação é absurda, uma agressão à história da humanidade.
Musk continuará ganhando muito dinheiro, mas Elon talvez não tenha jeito. Vai fazer 54 anos e o tempo passará rápido. Quando menos esperar, os filhos estarão brigando pelos bilhões.
Posso até sugerir que leia É isto um homem?, de Primo Levi, para tentar entender porque seu gesto nazista não cabe nunca mais. Para o próximo filho, há nomes simples e lindos, como Joe, Ben, Tim, Tom ou Anna.
Mas se Elon Musk não aprender a dançar, não terá salvação..