O curitibano é alguém que parece ter nascido com uma estação tubo na frente da casa. Dessa maneira o saudoso Jaime Lerner reagia, para os mais chegados, quando recebia críticas sobre pontos de suas administrações na prefeitura de Curitiba. Sabia que quem vaiava esquecia a lógica de que tudo se constrói com tempo, dependendo de planejamento e determinação. Essa mensagem certamente ele passaria a Mario Celso Petraglia, seu amigo, se, mesmo como Coxa Branca, estivesse presenciando as atuais barragens de artilharia pesada contra o poderoso que transformou a história do Atlético Paranaense com tudo o que fez pelo patrimônio e administração que ajudaram a pavimentar a conquista recente de vários títulos. Simples assim. O torcedor rubro-negro merece o melhor – e não adianta ter estádio moderno, teto retrátil, etc., se a bola jogada não traz a alegria que todos sempre querem. Às vezes os tropeços acontecem na caminhada dos times, ou alguém esquece, por exemplo, que o Santos teve durante anos o melhor time do Planeta e, num salto no templo, no ano passado penou na Segundona depois  de muitos vexames? Não dá para comparar, obviamente, mas quem tem cabeça programada precisa refletir um pouco, pois é assim que acontece.