de Marcos Barrero
Demora mais
algumas horas,
festas, fogos, risos e tragédias.
Correria,
insanidades gerais,
o salto no escuro nas sete ondas.
Mas passa.
Crenças e planos:
flores e velas,
juras,
emagrecer, mãe de santo,
parar de fumar, Tati do Tarô,
grãos de romã, pedidos,
ser bonzinho com gregos e baianos.
Mas passa.
Vem a hora da virada.
Calcinha vermelha e cueca branca.
Vira, vira, virou.
Inevitável.
Desejar Bom Ano Novo,
a gente deseja.
Previsões?
Imprevisíveis.
Começar de novo?
Continuar.