O menino estendia os braços, as mãos, os dedos na tentativa de vencer distâncias e tocar as colinas, as serras, as nuvens baixas que se misturavam ao céu azulado lá longe, tão longe onde o céu e a terra se encontravam. O menino se afogava no próprio encanto, era belo demais, era sentimento demais, mas para ele faltavam pensamentos, inquirições, realidades sobrepostas. Nem lembranças ele tinha… bem, certamente começava a acumular algumas, a essas alturas ainda inclassificáveis e ausentes de saudade. Não havia passado, a vida começava a ser escrita e o que o menino queria era tocar no silêncio, na cor, na lonjura das coisas. E tudo era o Princípio.