A partir de fevereiro do próximo ano a “nova direita” vai dominar o Centro Cívico. Para quem já prestou atenção e sabe como funciona os mecanismos da política nos bastidores, isso pode significar um longo período de poder. O governador Ratinho Junior, o prefeito eleito Eduardo Pimentel e o deputado estadual Alexandre Curi, futuro presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, têm menos de 45 anos e pertencem ao mesmo partido, o PSD. O primeiro e o último são articuladores e cacifaram a vitória de Pimentel. Quando Ratinho diz que é da “direita popular”, está olhando para os altos índices de aprovação de sua administração, pensa na possibilidade de se candidatar à presidente da República e sabe que tem tudo para fazer o sucessor no governo do Paraná – e Curi é um dos fortes candidatos. Pimentel vai herdar o que Rafael Greca deixou – também bem avaliado pela população, e será testado na prática. O atual prefeito deve integrar o secretariado de Ratinho pensando em ser o escolhido para a sucessão. Faz parte do grupo, mas tem 68 anos e precisa cuidar da saúde. O que reforça ainda mais a atuação dessa corrente é que a oposição continua fraca e, mais sintomática, o paranaense, com o curitibano à frente, é conservador. A esquerda continua metendo medo e, além disso, a população exulta quando acompanha determinação de ações como a do governador, que impõe o que acha correto. É o que acontece agora, por exemplo, com a venda da Celepar, no mesmo estilo do ocorrido com a Copel. Pode ser tudo.