A discussão sobre o projeto “Parceiros da Escola” provocou agora a reação de integrantes da Igreja Católica que, em nota, declararam preocupação com o assunto (ler abaixo). O arcebispo de Londrina, os bispos de Guarapuava e Paranavaí e um padre que exerce a função de secretário executivo da CNBB da regional sul 2 expõem suas dúvidas e sugerem um período de experimento por, no mínimo, dois anos. “Dessa forma, o projeto “Parceiro da Escola” pode ser implantado, avaliado e melhorado, a fim de que ele seja benéfico para todos os envolvidos e não comprometa a qualidade e os princípios da educação pública”. A conferir.
NOTA DE PREOCUPAÇÃO SOBRE O PROJETO DE LEI DO GOVERNO DO PARANÁ: “PARCEIROS DA ESCOLA”
“Busquemos tudo que contribui para a paz e a edificação de uns pelos outros” (Rm 14,19).
O episcopado paranaense tem acompanhado com solicitude e preocupação o programa instituído pela Lei 22.006/2024, que autoriza a Secretaria do Estado de Educação (CEED/PR) a celebrar contratos com empresas privadas, transferindo a elas a responsabilidade pela administração das escolas públicas selecionadas. Percebemos relevante e intenso desconforto e descontentamento de muitos dos envolvidos no dia a dia da escola, bem como de especialistas em educação.
É fundamental que essa Lei, agora já sancionada, seja amplamente debatida com todos os envolvidos, incluindo professores, pais, alunos, especialistas em educação e a sociedade civil. As políticas devem ser elaboradas com foco no fortalecimento da educação pública, garantindo igualdade de oportunidades e a autonomia pedagógica das instituições de ensino. Nossa preocupação é com a interferência de interesses privados na gestão pública educacional. Isso deve ser cuidadosamente considerado para evitar que a educação se torne um meio de lucro ao invés de um direito fundamental e constitucional.
Recomendamos que o projeto seja respaldado por uma lei Ad Experimentum, por um período de, no mínimo, dois anos. Dessa forma, o projeto “Parceiro da Escola” pode ser implantado, avaliado e melhorado, a fim de que ele seja benéfico para todos os envolvidos e não comprometa a qualidade e os princípios da educação pública.
Que Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Estado do Paraná, interceda por bênçãos e graças sobre todos!
Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina e Presidente da CNBB Regional Sul 2
Dom Amilton Manoel da Silva, CP
Bispo de Guarapuava e Vice-Presidente da CNBB Regional Sul 2
Dom Mário Spaki
Bispo de Paranavaí e Secretário da CNBB Regional Sul 2
Padre Valdecir Badzinski
Secretário Executivo da CNBB Regional Sul 2
No escândalo do Mensalão, Lava Jato, Petrolão e roubos da Santa Casa do Rio de Janeiro (aliás o personagem está na Santa Casa de Curitiba) eles não se metem? Se for para pentelhar os corruptos comecem por aí.
Olha aí –
https://veja.abril.com.br/brasil/ex-padre-desvia-dinheiro-de-organizacao-social-da-saude-diz-denuncia/mobile
Melhorar a gestão dos ambientes escolares? Ah, não pode! Tem que manter a doutrinação dos alunos e permitir a militância sem fim dos educadores! Que “belo” exemplo dão esses religiosos (perderam uma excelente oportunidade de ficarem em silêncio)!
Edson Braz, deve fazer muitos anos que tu não entra em uma sala de aula, por isso fica igual papagaio repetindo o que ouve sem entender o que fala. Papagaio repete o que ouve tipo doutrinação, doutrinação, doutrinação mas duvido que saiba o que isso representa.