8:19LEROS

de Carlos Castelo

§ Assisti a “Motel Destino”, de Karim Aïnouz. Diretor mais badalado que sino da Catedral da Sé — indicado à Palma de Ouro e à Queer Palm em Cannes. A história é assistível, mas não se distancia muito das pornochanchadas dos anos 70 e 80. Parece que o DNA do cinema brasileiro ainda carrega esse traço, junto com a fotografia chapada e o áudio inaudível. Claro, o roteiro é bem superior aos do Ody Fraga, tem um subtexto que faz pensar, mas continua re(metendo) às mesmas metidas de 40 e tantos anos atrás. E o Fábio Assunção de caftan? Sei lá, melhor nem comentar. Mas aquele bigode cenográfico não ornou. Já imagino os politicamente corretos e as igrejinhas me malhando. Só que, no fundo, o cinema nacional continua transando com o passado, enquanto muitos fingem que isso é modernidade.

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