7:48Debate agressivo

E o debate da RICtv entre os candidatos à prefeitura de Curitiba? Como era esperado, foi muito agressivo neste início de reta final da eleição do segundo turno, principalmente porque das três pesquisas divulgadas horas antes do confronto, em duas houve empate técnico e na outra uma pequena vantagem para o candidato do PSD. Na próxima sexta-feira (25) acontece o último debate entre Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB) – será na RPC TV. O relato a seguir é de Letícia Martins para a CNN Brasil. Isso é campanha!

Acusações, creches e passagem de ônibus: veja como foi o debate em Curitiba

O debate entre os candidatos Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB), para o segundo turno das eleições municipais em Curitiba, promovido pela RIC TV (afiliada da Record na capital paranaense) na noite deste sábado (19), foi marcado pela tensão entre os dois postulantes.

Os candidatos discutiram temas como plano diretor, vacinação contra a Covid-19, educação pública municipal e passagem de ônibus.

Ataques entre os candidatos

“Desespero” e “desinformação” foram as palavras mais faladas por ambos os candidatos.

Houve ainda mais de dez pedidos de direito de resposta requeridos, ao longo dos blocos, pela candidata Cristina Graeml, que foram todos negados, e nenhum de Eduardo Pimentel.

Em um dos ataques, Pimentel chamou Graeml de “ventiladora de desinformação”, enquanto o candidato foi classificado como “desesperado” pela postulante do PMB.

“O desespero não é do meu lado. Nós temos aqui propostas”, disse Eduardo Pimentel.

Pimentel então fez duas perguntas iguais à Graeml sobre educação, afirmando que ela não havia respondido. A candidata, no entanto, respondeu dizendo que ele “estava com algum problema de cognição” por não ter ouvido a primeira resposta.

Plano diretor

No primeiro bloco, os candidatos precisaram administrar o próprio tempo.

Cada postulante teve 10 minutos entre perguntas, respostas, réplicas e tréplicas.

Graeml começou o confronto direto se apresentando. Em seguida, foi a vez de Pimentel se apresentar. O candidato logo perguntou à adversária sobre as propostas para o plano diretor da cidade.

“Vamos discutir o que a cidade quer. O meu grande projeto é governar com os curitibanos”, disse a candidata do PMB.

Pimentel declarou que “é preciso conhecer a cidade para governar. O ano que vem é um ano importante para a gente definir o rumo da cidade para os próximos dez anos. Eu quero que vocês comparem as duas candidaturas”.

Trânsito e educação

No segundo bloco, os postulantes tiveram duas rodadas para debaterem, com os temas pré-definidos pelo Grupo RIC.

Os candidatos tiveram cinco minutos cada para administrarem perguntas, respostas, réplicas e tréplicas.

O primeiro tema foi Guarda Municipal. Eduardo Pimentel afirmou que vai “ampliar as câmeras e vamos dar segurança à mulher” e, em seguida, declarou que a adversária fala “sempre no superficial”.

Já Cristina Graeml rebateu que não fica “atacando o adversário pra dizer que ele não conhece a cidade” e que Pimentel “não foi um bom vice-prefeito”.

O segundo tema sorteado foi segurança no trânsito e radares.

Cristina começou dizendo que vai “retirar as placas de 30 e 40 quilômetros na cidade e vamos reorganizar esses radares” e perguntou por que havia duas velocidades diferentes na mesma rua.

Pimentel respondeu que “é a lei”.

“O Código de Trânsito do Brasil determina quais ruas devem ter número x de velocidade, mas eu me comprometo, se tiver alguma distorção, farei em primeiro de janeiro”, disse o candidato do PSD.

Em uma nova fala de Pimentel, ele voltou a falar de educação e perguntou à candidata sobre quantas creches ela vai construir caso seja eleita. Segundo ele, se eleito, haverá o “vale-creche”.

Cristina afirmou que vai criar “creches o suficiente para colocar as 10 mil crianças”.

Passagem de ônibus

O terceiro bloco seguiu a mesma dinâmica do primeiro. Os candidatos tiveram dez minutos para administrar as perguntas, respostas, réplicas e tréplicas.

A candidata Cristina Graeml iniciou o bloco falando sobre a redução da passagem de ônibus.

Segundo ela, o preço atual da passagem, que é de seis reais, “é abusivo, vamos trabalhar para reduzir essa passagem”.

Já Pimentel apresentou a proposta de reduzir o valor da passagem com responsabilidade: “aos domingos, a partir de janeiro, vou diminuir a três reais”.

O candidato acusou ainda a adversária de ter afirmado, em “várias entrevistas, que vai cobrar mais (valor da passagem) de quem mora mais longe”.

Graeml negou a acusação de Pimentel.

“O candidato está desesperado. Eu nunca falei que aumentaria a passagem de ônibus, eu acho um absurdo”, respondeu a candidata.

Durante o bloco, os postulantes também debateram sobre o apoio dos partidos.

A candidata Cristina Graeml afirmou que o partido do adversário, o PSD, tinha o pior presidente, Gilberto Kassab, e acrescentou que a candidatura de Pimentel era apoiada também pela presidente do PT, Gleise Hoffmann.

O candidato Eduardo Pimentel rebateu afirmando que o partido da candidata, o PMB, apoiava o candidato Guilherme Boulos (PSOL), que disputa segundo turno em São Paulo.

Sustentabilidade e mais ataques

O quarto e último bloco seguiu a dinâmica do segundo bloco. Os candidatos tiveram duas rodadas, com dez minutos no total, para debater.

Na primeira rodada, o tema foi sustentabilidade, sugerido por Eduardo Pimentel.

O candidato afirmou que “não dá para agir no improviso” e vai criar “seis novos parques, vou também fazer duas florestas urbanas para ajudar no calor da cidade e plantar 500 mil árvores”, disse Pimentel.

Já Graeml afirmou que, se eleita, vai implantar um novo modal que reduz os poluentes. “Nós vamos também fazer as drenagens de rios e olhar com atenção as drenagens das chuvas”, afirmou a candidata.

Servidores públicos foi o tema da segunda rodada, iniciada por Cristina Graeml.

A candidata afirmou que vai tratar os servidores com “respeito” e vai “descongelar o plano de cargos e salários”.

Pimentel declarou que vai “rever todos os planos de cargos e salários” porque agora está “entregando uma prefeitura com fiscalização forte”.

Em seguida, Graeml mudou o tema para moradores de rua e afirmou que há mais de quatro mil pessoas em situação de rua.

Pimentel questionou a origem desse número, que foi respondido pela candidata, afirmando que “o levantamento são de ONGs e igrejas”.

Durante esse embate, Pimentel chamou Graeml de “candidata despreparada” e ouviu da adversária que ele fez “media training” para o debate.

Considerações finais

Pimentel começou as considerações finais agradecendo a todos os eleitores. “Eu quero agradecer a todos vocês que estão em casa. O meu plano de governo tá aí, eu não tenho o que esconder. Muito obrigado pela oportunidade e eu peço que compare os dois candidatos”, concluiu o candidato.

Graeml encerrou o debate agradecendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Eu queria agradecer a Deus, a toda a minha família. Não tinha nenhum dinheiro público, tempo de TV e nós fizemos história. Queria agradecer também o apoio de Jair Bolsonaro, sou uma representante da direita curitibana aqui”, afirmou a candidata.

3 ideias sobre “Debate agressivo

  1. Jair Zeferino da Silva Junior

    Bom dia, tô vendo o engomadinho e a sua turma roendo as unhas,o Rato 🐭🐁 não quer outra influência na eleição de 2026, o Greca, Alexandre Curi e Moro também não , se a bruxa má ganhar, vai ser um deus nos acuda.

  2. Só de boa

    Não vote na Cristina Graeml 35 irá aparecer os podres da prefeitura de Curitiba, a caixa preta da saúde pode ser aberta, 240 mil pessoas na fila de espera, 10 mil crianças fora da creches, com Eduardo a indústria da multa será próspera, vamos aumentar IPTU, a CRISTINA GRAEML,35 ganhar irá ser ruim para empreiteiras, empresas do transportes, vote nos mesmos, vote no cartão postal de Curitiba o centro da cidade é a CIDADE REAL. O verdadeiro retrato da atual administração, expandindo para os bairros, vote na cidade que você não reconhece mais.

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